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Tem tanta coisa que eu não entendo, e tanta coisa que eu queria não entender. Tantas pessoas que queria compreender e tantas outras que seria melhor nem conhecer. Tanta coisa que eu quis ter pra sempre, que agora consigo viver sem. Tanta coisa que nunca precisei e agora me fazem falta. Sei que não existe amor que dure pra sempre (com escessão do amor de mãe). Não existe momento, sentimento, vida que dure pra sempre. São apenas palavras ditas em momentos em que acreditamos seriamente durar pra sempre. Mas apenas palavras. É aquela conhecida frase: que seja eterno enquanto dure. Somente enquanto durar. A verdade é que nada dura pra sempre. Algum dia as coisas acabam. Vão acabar. Mas sim, enquanto viver, algumas coisas certamente serão pra sempre. Pra sempre em uma memória que um dia vai acabar. Uma memória que um dia esquecerá. Mas enquanto essa memória não esquece, continuamos pensando, imaginando, sonhando, falando no ‘pra sempre’ mesmo que um dia esse pra sempre venha a acabar. A verdade é que as pessoas vão embora. Algumas voltam, mas a grande maioria não. Não voltam e, por bem ou mal, temos que nos acostumar com isso. Acabamos substituindo. Acabamos esquecendo. Por mais que algum dia tenhamos jurado no “pra sempre”, as pessoas vão embora. Vão embora e seguem suas vidas. Vão embora e esquecem. Vão embora e mudam. As pessoas mudam querendo ou não... mudam. Os gostos, os rostos, as formas. Simplesmente mudam. Sem nenhuma explicação, sem nenhuma obrigação. Mudam porque cresceram, porque conheceram coisas novas, pessoas novas. As conversas mudam, os sorrisos mudam, os assuntos mudam. É difícil perceber e se acostumar que nada será como antes, e isso, de um jeito ou de outro, machuca. Machuca porque ambos mudaram. E isso... isso não dá pra mudar. E há a saudade, que é a pior parte. A saudade que machuca e que faz com que tudo seja mais difícil. A saudade que faz lembrar que havia alguém, mas que agora não há mais. E tudo acaba como um dia começou.

Eu não quis incluir esse pensamento a alguma coisa que esteja acontecendo na minha vida atualmente, quem sabe à coisas do passado, mas nada com o meu presente. São pensamentos soltos, que só agora traduzi em palavras pra que vocês possam entender o que eu também não entendo. E pensando bem, talvez seja melhor nem entender.

ps.: em itálico é uma música do Jota Quest - O que eu também não entendo.